Mauá reúne Comitê de Enfrentamento aos Efeitos da Chuva e decide antecipar “Operação Chuvas de Verão”
O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), se reuniu na
última semana com o Comitê Permanente de Combate e Enfrentamento aos Efeitos
Decorrentes das Chuvas para avaliar o trabalho realizado no ano e alinhar as
estratégias para intensificar as ações na prevenção de ocorrências durante os
próximos meses, onde tradicionalmente há uma intensificação das precipitações. No
encontro, ficou decidido que a “Operação Chuvas de Verão”, iniciada
habitualmente em 1º de dezembro, será antecipada para o final deste mês. Todos
os equipamentos de monitoramento das chuvas da Prefeitura de Mauá, como
pluviômetros e plataformas de dados, estão conectados ao sistema do
Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
A antecipação da iniciativa não é uma novidade no município.
No ano passado, a campanha acabou sendo lançada já no final de novembro, devido
aos altos índices pluviométricos registrados durante aquele mês. Para 2023, a
meta da atual gestão é iniciar os trabalhos ainda mais cedo, como forma de
prevenir melhor possíveis problemas causados pelas chuvas.
“É necessário estarmos preparados sempre. Por isso esse
trabalho de limpeza de córregos, bocas de lobos, galerias de águas pluviais e
desassoreamento de rios, ocorre o ano todo, e agora precisamos reforçar todo
esse trabalho e também na orientação a população, para que esteja atenta a
essas situações, saber quem procurar em caso de necessidade”, explicou
Oliveira.
Ainda segundo o Paço mauaense, a Secretaria de Defesa Civil
elaborou um Plano de Contingência Municipal para mitigar o risco de perda de
vidas e de danos materiais em caso de desastres naturais ou de intervenção
“antrópica”, ou seja, quando resulta de intervenção humana, como o corte de
barrancos, por exemplo.
Para essa elaboração, foi montado um grupo de trabalho em
que os integrantes representam a Defesa Civil de Mauá, Coordenadoria Estadual
de Proteção e Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, organizações
não-governamentais, associação de moradores, Núcleos de Defesa Civil (Nudecs) e
sociedade civil. O Plano de Contingência Municipal será concluído no final do
mês, quando está programada a realização de um simulado na região do Macuco, no
Jardim Zaíra.
“O que mais deixa as pessoas preocupadas é o desconhecido,
não saber agir nas situações de emergência. Esse Plano vem para ajudá-los e
também deixar todo o poder público alinhado para agir e atender a população em
momentos de risco que uma forte chuva pode provocar”, exemplificou Sérgio
Moraes, secretário de Proteção e Defesa Civil, que nas ações preventivas conta
com o apoio de cinco Núcleos Comunitários
de Defesa Civil (Nudecs) e também das crianças e adolescentes
que ao longo de todo o ano recebem orientações, formando assim a Defesa Civil
Mirim.
A Prefeitura reforça a orientação para que, em caso de emergência, acione a Defesa Civil (199), o Corpo de Bombeiros (193) ou o SAMU (192).
Obras contra alagamentos
Há pouco mais de um mês, o governo mauaense já havia
assinado a ordem de serviço para o início das obras que ampliarão o escoamento
de água, em dias chuvosos, no entroncamento do córrego Taboão, do Piscinão do
Paço Municipal, no sentido do Rio Tamanduateí. A intervenção consiste no
aumento da tubulação com cerca de 40 metros de extensão que passará por baixo
dos trilhos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da avenida
Alberto Soares Sampaio, e tem como meta prevenir alagamentos na região da
avenida João Ramalho.
De acordo com a Prefeitura, o serviço fará com que a
capacidade de escoamento das águas entre o piscinão do Paço e o Rio Tamanduateí
passe de 22 mil litros por segundo para 50 mil litros por segundo. Ao todo,
estima-se que serão investidos mais de R$ 10,5 milhões, entre recursos
provenientes do Governo do Estado e contrapartidas da Prefeitura nas obras, que
são a continuação de um projeto iniciado em 2015 e que foi paralisado em 2017.
O método utilizado para essa obra é o não destrutivo NATM –
New Austrian Tunneling Method, para causar menos impacto e riscos para o solo e
não prejudicar a circulação dos trens. Outras ações complementares serão
executadas, como a restauração de muros de gabião.
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